'soon this space will be too small and I'll laugh so hard that the walls cave in then I'll die three times and be born again in a little box with a golden key and a flying fish will set me free ... soon this space will be too small and I'll go outside and I'll go outside'... lhasa de sela




do [apagar-me
diluir-me
desmanchar-me]* por aí...



the minor fall and the major lift
the baffled king composing hallelujah





*Paulo Leminski











ei-la...






há injecções dolorosas e por isso altamente eficientes!

[sms matinais ou da distância entre o que eu sou e o que acho que tu mereces]


(ele: casas comigo outra vez?
eu: só se for descalça e com muito verde à volta (ah e troco o arroz e as pétalas por bolas de sabão!) ...mas desta vez largamos tudo e fugimos juntos para nunca mais voltar?
ele: sim!...)


...
e eu não vou atrás de mim?
...

isto fez-me lembrar outra conversa:
(...é o meu refúgio.
precisas de refugiar-te de quê?
de mim, sobretudo de mim!)


[dos rostos ou chamadas recebidas 1/7/2008 13:18:57 ]

sentada num canto da sala, ele do lado oposto encostado à janela. a sua postura era diferente da postura dos outros, parecia assistir e não fazer parte da peça. e apesar de ter deixado escapar um sorriso, as feições do seu rosto assustavam-na sem que ela conseguisse perceber porqu
ê.
vestia todo de preto e tinha umas mãos lindas, que teimava em esconder nos bolsos do longo sobretudo preto.
chegada a altura da selecção ela sentiu como se o momento fosse uma espécie de marcação de gado jovem com ferro em brasa – ‘todos menos ele’.
havia um pequeno alvoroço na sala, levantavam-se os escolhidos para deleite dos que escolhiam. quase alheada de tudo não parava de pensar (quase em forma de suplica) – ‘todos menos ele, todos menos ele’.
e ele discreto, pouco ansioso por escolher, ainda encostado ao parapeito da janela, escolhe duas raparigas. olha para o outro lado da sala aponta o dedo e diz: ‘tu.’ e ela: ‘quem, eu?’, ele: ‘sim tu.’, o corpo dela gelou, como se soubesse antecipadamente que havia qualquer coisa dela nele, pensou – ‘já está!’.

até hoje não se percebe muito bem quem escolheu quem, se ele a ela se ela a ele... houve escolha?...
ele não sabe que quando lhe diz que ela é especial, é absolutamente irrelevante em relação ao facto de ele o ser para ela, porque ela sabe que há qualquer coisa dela nele e isso basta. de qualquer modo, ‘há palavras que nos beijam’ e nos fazem muito bem quando nos sentimos muito cansados. obrigada pela disponibilidade 'padrinho'.