'soon this space will be too small and I'll laugh so hard that the walls cave in then I'll die three times and be born again in a little box with a golden key and a flying fish will set me free ... soon this space will be too small and I'll go outside and I'll go outside'... lhasa de sela
às vezes sinto-me tão completamente....
posted by me]
não sabe a sorte que tem e de como irá fazer tantas pessoas felizes.
porque o toque da morte é uma espécie de cura sem mentira.
quem toca com o toque da morte
desconhece, por completo, o seu dom
e como o transmitir às pessoas que, verdadeiramente,
esperam por ele para começar a viver.
porque o toque da morte faz-nos descer à terra
de onde nunca deveríamos ter levantado as nossas cabeças
e que nunca deveríamos ter pisado com os nossos pés.
fernando ribeiro - o toque da morte, in as feridas essenciais
La route chante,
Quand je m'en vais.
Je fais trois pas,
La route se tait.
La route est noire,
À perte de vue.
Je fais trois pas,
La route n'est plus.
Sur la marée haute,Je suis monté.La tête est pleine,Mais le coeur n'a pas assez.
Sur la marée haute,Je suis monté.La tête est pleine,Mais le coeur n'a pas assez.
Mains de dentelle,
Figure de bois,
Le corps en brique,
Les yeux qui piquent.
Mains de dentelle,
Figure de bois.
Je fais trois pas Et tu es là.
Sur la marée haute,Je suis monté.la tête est pleine,Mais le coeur n'a pas assez.
Sur la marée haute,Je suis monté.la tête est pleine,Mais le coeur n'a pas assez.
Sou eu mesmo, o trocado,
O emissário sem carta nem credenciais,
O palhaço sem riso, o bobo com grande fato de outro
Sou eu mesmo, a charada sincopada
Que ninguém da roda decifra nos serões da província.
Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.
Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.
Sou eu mesmo, a charada sincopada
Que ninguém da roda decifra nos serões da província.
maria bethânia, marocotinha ao vivo
*(excerto de sou eu, álvaro de campos)
“o que a perturbou assim, pensa ela, foi a supressão do tempo presente operada pelo sonho. Está apaixonada apegada ao seu presente e não o trocaria por nada deste mundo, nem pelo passado nem pelo futuro. Por isso é que não gosta de sonhos * : impõem uma inaceitável igualdade entre as diferentes épocas de uma mesma vida, uma contemporaneidade niveladora de tudo o que o homem alguma vez viveu; desconsideram o presente negando-lhe a sua posição privilegiada.” in, a identidade, milan kundera
*[«If you wake up at a different time, in a different place, could you wake up as a different person?»]
From Fight Club (romance de Chuck Palahniuk, 1996; filme de David Fincher, 1999)
- «...as causas dessas problemas.»- Maria de Lurdes Rodrigues (ministra da Educação)
- «a medida vai tirar milhares e milhares e milhares de euros aos professores.» - António Avelãs (sindicato Fenprof)
- «...e é isso que eu vou começar por aí» - Fátima Campos Ferreira (apresentadora do programa)
- « interessa-me porque tenho dois pais no sistema.» Canavarro (antigo secretário de estado da educação)
- «...e digo já, não me custou muito tê-los pela frente.» - Canavarro (antigo secretário de estado da educação)
- « ...nessa relatório de avaliação.» - Maria de Lurdes Rodrigues (ministra da Educação)
-« o que é novo, de facto, é uma continuidade.» - Maria de Lurdes Rodrigues (ministra da Educação)
- «também não me peça tudo, eu sou a ministra das escolas e dos alunos.» - Maria de Lurdes Rodrigues (ministra da Educação)
- «...bem, pode rematar Sra. Ministra, uma vez que é a senhora que vai arbitrar tudo isto.» - Fátima Campos Ferreira (apresentadora do programa)
- «sou?...vamos ver.» - Maria de Lurdes Rodrigues (ministra da Educação)
eu hoje vou dormir assim
[Nessun Dorma]- in, Turandot de Giacomo Puccini
Nessun dorma! Nessun dorma!Tu pure, oh, Principessa,nella tua fredda stanza,guardi le stelleche tremano d'amoree di speranza.Ma il mio mistero e chiuso in me,il nome mio nessun saprá!No, no, sulla tua bocca lo diróquando la luce splenderá!Ed il mio bacio sciogliera il silenzioche ti fa mia!(Il nome suo nessun saprá!...e noi dovrem, ahimé, morir!)Dilegua, o notte!Tramontate, stelle!Tramontate, stelle!All'alba vinceró!vinceró, vinceró!
Hannah Arendt, in 'A Condição Humana'
ontem [9/11] reli...
"A pluridade humana, condição básica da acção e do discurso, tem o duplo aspecto da igualdade e diferença. Se não fossem iguais, os homens seriam incapazes de compreender-se entre si e aos seus antepassados, ou de fazer planos para o futuro e prever as necessidades das gerações vindouras. Se não fossem diferentes, se cada ser humano não diferisse de todos os que existiram, existem ou virão a existir, os homens não precisariam do discurso ou da acção para se fazerem entender. Com simples sinais e sons poderiam comunicar as suas necessidades imediatas e idênticas.
Ser diferente não equivale a ser outro - ou seja, não equivale a possuir essa curiosa qualidade de «alteridade», comum a tudo o que existe e que, para a filosofia medieval, é uma das quatro características básicas e universais que transcendem todas as qualidades particulares. A alteridade é, sem dúvida, um aspecto importante da pluralidade; é a razão pela qual todas as nossas definições são distinções e o motivo pelo qual não podemos dizer o que uma coisa é sem a distinguir de outra.
Na sua forma mais abstracta, a alteridade está apenas presente na mera multiplicação de objectos inorgânicos, ao passo que toda a vida orgânica já exibe variações e diferenças, inclusive entre indivíduos da mesma espécie. Só o homem, porém, é capaz de exprimir essa diferença e distinguir-se; só ele é capaz de se comunicar a si próprio e não apenas comunicar alguma coisa - como sede, fome, afecto, hostilidade ou medo. No homem, a alteridade, que ele tem em comum com tudo o que existe, e a distinção, que ele partilha com tudo o que vive, tornam-se singularidades e a pluralidade humana é a paradoxal pluralidade dos seres singulares."
Hannah Arendt, in 'A Condição Humana'
nota de edição
a tua ausência é, em cada momento, a tua ausência.
não esqueço que os teus lábios existem longe de mim.
aqui há casas vazias, há cidades desertas, há lugares.
mas eu lembro que o tempo é outra coisa, e [tenho
tanta pena de perder um instante dos teus cabelos].
aqui não há palavras. há a tua ausência há o medo sem os
teus lábios sem os teus cabelos.
fecho os olhos para te ver e para não chorar.
You! [Who are you?]
Alices adventures in wonderland, 1969, Salvador Dali
The Caterpillar and Alice looked at each other for some time in silence: at last the Caterpillar took the hookah out of its mouth, and addressed her in a languid, sleepy voice.`Who are you?' said the Caterpillar.This was not an encouraging opening for a conversation. Alice replied, rather shyly, `I - I hardly know, sir, just at present - at least I know who I WAS when I got up this morning, but I think I must have been changed several times since then.' `What do you mean by that?' said the Caterpillar sternly. `Explain yourself!' `I can't explain myself, I'm afraid, sir' said Alice, `because I'm not myself, you see.' `I don't see,' said the Caterpillar. `I'm afraid I can't put it more clearly,' Alice replied very politely, `for I can't understand it myself to begin with; and being so many different sizes in a day is very confusing.' `It isn't,' said the Caterpillar. `Well, perhaps you haven't found it so yet,' said Alice; `but when you have to turn into a chrysalis - you will some day, you know - and then after that into a butterfly, I should think you'll feel it a little queer, won't you?' `Not a bit,' said the Caterpillar.`Well, perhaps your feelings may be different,' said Alice; `all I know is, it would feel very queer to me.' `You!' said the Caterpillar contemptuously. `Who are you?'
Alice's Adventures in Wonderland Chapter 5 - Advice from a Caterpillar, Lewis Carroll
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